Intricate MRI brain scan displayed on a computer screen for medical analysis and diagnosis.

Nova Pesquisa Sinaliza Possível Atraso nos Sintomas do Alzheimer

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Uma nova pesquisa liderada pela Universidade de Washington, em St. Louis, trouxe esperança no combate ao Alzheimer. O estudo, publicado na Lancet Neurology, sugere que a remoção da proteína amiloide do cérebro anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas pode reduzir pela metade o risco de desenvolver a doença.

Apesar dos resultados promissores, o estudo enfrenta desafios financeiros devido a cortes de financiamento nos Estados Unidos.

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O Estudo e Seus Primeiros Resultados

A pesquisa foca em famílias que possuem mutações genéticas raras que praticamente garantem o desenvolvimento da doença em uma idade previsível. Isso permite que os cientistas avaliem o impacto das terapias antes dos sintomas surgirem.

Os 22 participantes que receberam o tratamento por mais tempo (média de 8 anos) apresentaram uma redução de 50% no risco de manifestar sintomas da doença.

🧠 Como funciona o tratamento?
Os pesquisadores utilizaram drogas que removem o amiloide, um dos principais marcadores da doença, antes do desenvolvimento dos sintomas. Atualmente, os participantes estão sendo tratados com o Leqembi, um medicamento já aprovado nos EUA.

O Que Vem a Seguir?

A grande pergunta agora é: se o tratamento for mantido, essas pessoas desenvolverão Alzheimer em algum momento?

🔬 O estudo continuará pelos próximos cinco anos para investigar se a remoção prolongada do amiloide pode, de fato, evitar o surgimento da doença.

Contudo, o financiamento da pesquisa está ameaçado. O projeto dependia de verbas do Instituto Nacional de Saúde (NIH), mas cortes de orçamento e atrasos na liberação de fundos colocam em risco a continuidade do estudo.

O Impacto na Comunidade Científica e Pacientes

Especialistas como o neurocientista David Gate, da Universidade Northwestern, destacam a importância do estudo, mesmo com um número reduzido de participantes. Segundo ele, os resultados são um marco na pesquisa do Alzheimer, trazendo uma nova perspectiva para o tratamento precoce da doença.

Para pacientes como Jake Heinrichs, de 50 anos, o tratamento representa uma segunda chance. Heinrichs possui a mutação genética associada ao Alzheimer precoce, que levou a vida de seu pai e irmão, mas permanece sem sintomas após mais de 10 anos de tratamento experimental.

“Essa pesquisa me deu um tempo extra de vida que eu nunca imaginei ter”, afirma Heinrichs.

Sua esposa, Rachel Chavkin, expressa preocupação com os cortes de financiamento: “Se o estudo for interrompido, quanto tempo temos?”

Conclusão

Este estudo sugere que agir antes do surgimento dos sintomas pode mudar o curso da doença, algo inédito até agora. No entanto, para confirmar os achados e garantir que mais pacientes tenham acesso ao tratamento, é essencial que os investimentos na pesquisa continuem.

O futuro do combate ao Alzheimer pode depender não apenas da ciência, mas também de decisões políticas e financeiras.

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