Bladderwrack

Bladderwrack: O “Superalimento” Que Não Vale a Hype

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Se você tem explorado as tendências de bem-estar, é provável que já tenha ouvido falar sobre o bladderwrack, um tipo de alga marrom também conhecido como kelp marinho. Prometendo benefícios como perda de peso, melhora da pele e suporte à tireoide, ele parece ser um verdadeiro milagre da natureza. Mas será que é tudo isso mesmo?

Apesar da popularidade crescente, especialistas alertam que os riscos e as incertezas sobre o bladderwrack superam seus supostos benefícios. Vamos explorar por que vale mais a pena investir em uma alimentação equilibrada do que em suplementos de algas.

Bladderwrack

O Que é Bladderwrack?

O bladderwrack é uma alga marrom encontrada em áreas costeiras de clima temperado, como os Estados Unidos e a Europa. Sua aparência característica vem dos “bladders” — pequenas bolsas cheias de ar que ajudam a alga a flutuar e captar mais luz solar para a fotossíntese.

Historicamente, ele foi usado em remédios tradicionais para tratar uma variedade de condições, desde problemas digestivos até inchaços na tireoide (bócio). Hoje, você o encontra em cápsulas, pós e até chás, sempre acompanhado de promessas de saúde.


Promessas vs. Realidade

Os fabricantes de suplementos de bladderwrack fazem promessas ousadas:

  • Alívio de refluxo gastroesofágico (GERD): Graças ao ácido algínico, que cria uma barreira protetora no estômago.
  • Melhora na digestão: Pode aliviar constipação, diarreia e gastrite.
  • Apoio à tireoide: Devido ao alto teor de iodo.

No entanto, especialistas como Bethany Marie Doerfler, da Northwestern Medicine, apontam que a maioria dessas alegações não tem respaldo científico suficiente. Embora o bladderwrack seja rico em antioxidantes como fucoxantina e vitaminas A e C, estudos em humanos são limitados.


Os Riscos dos Suplementos de Algas

Embora o bladderwrack seja “natural”, isso não significa que seja isento de riscos:

  1. Contaminação por metais pesados: Algas absorvem substâncias tóxicas, como arsênico e mercúrio, das águas onde crescem. Em longo prazo, esses metais podem causar danos neurológicos e renais.
  2. Excesso de iodo: Níveis elevados podem desregular a tireoide, especialmente em pessoas com condições pré-existentes como hipertireoidismo.
  3. Interações medicamentosas: Pode interferir em remédios como anticoagulantes e reguladores da tireoide.
  4. Impacto ambiental: A colheita desenfreada de algas em algumas regiões tem causado danos ecológicos.

Quem Deve Evitar Bladderwrack?

Certos grupos devem evitar o consumo, especialmente em forma de suplemento:

  • Gestantes e lactantes: Riscos de contaminação e excesso de iodo tornam o consumo inseguro.
  • Pessoas com distúrbios da tireoide: O iodo pode agravar a condição.
  • Usuários de medicamentos específicos: Incluindo anticoagulantes e reguladores cardíacos.
  • Alérgicos ao iodo: Obviamente, não é indicado.

A Melhor Alternativa: Comida de Verdade

Em vez de gastar dinheiro com suplementos de bladderwrack, invista em uma alimentação equilibrada. Alimentos integrais, como vegetais folhosos (espinafre, brócolis) e proteínas de origem vegetal, oferecem os mesmos antioxidantes e nutrientes, sem os riscos.

Se você gosta de algas, escolha opções cultivadas de forma sustentável, como kombu ou wakame, amplamente disponíveis em mercados especializados.


Conclusão: Um Hype Que Não Vale o Esforço

Embora o bladderwrack tenha uma longa história de uso medicinal, as promessas modernas de saúde atribuídas a ele estão mais baseadas em tendências do que em ciência. Os riscos associados aos suplementos, incluindo contaminação e regulação inadequada, fazem deles uma escolha pouco confiável.

No fim das contas, focar em uma dieta saudável e balanceada sempre será a melhor estratégia para melhorar sua saúde. E lembre-se: nem todo superalimento é tão “super” assim.

Seja inteligente com suas escolhas — seu corpo (e seu bolso) vão agradecer! 😊

Referêncas: https://www.wired.com/story/pass-on-sea-kelp-supplements/

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